quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E você não vai voltar...



O início de uma tarde cinzenta e fria era o prenúncio de que algo estava para mudar. No dia anterior, o sol exuberante e exageradamente forte deixou a todos com aquela vontade de ir à praia, os 37 graus combinavam perfeitamente com a água gelada da praia ou da cachoeira. Porém não sai de casa. E, hoje também aqui permaneço.

As linhas que escrevo estão sendo traçadas por mãos trêmulas, não sei se de frio ou saudade, e quentes pela lembrança de tempos que não voltarão. 

Sempre me disseram que era muito triste para alguém não saber se recuperar de um amor acabado. Mas como se recuperar de um amor que você não sabe se acabou? Ou ao menos prefere acreditar que não tem certeza...

Aquela saída repentina não foi o pior, o que mais cortava o coração era saber que mesmo jurando um ‘volto quando meu intercâmbio acabar’ eu sabia que não teria mais volta. Sabia que você não vai voltar. Ou sabia naquele momento apenas. Depois as ilusões de ligações isoladas por meses longos acabaram por me confundir mais do que deveriam.

Você poderia ter cortado o cordão umbilical que nos ligava, mas não sei por que motivo, você fez o contrário, deixou o cordão mais e mais firme e agora quem não quer mais arrebentá-lo sou eu.

E você não vai voltar... Quem vai ficar aqui sou eu. Quem estará esperando sou eu, mas não sei até quando.Você não terá seu lugar aqui para sempre. Só até alguém mais merecedor tomá-lo a força e contra a minha vontade. Depois será natural te esquecer.

E ser feliz.

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